quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Wagashi - Doces saudáveis

和菓子 

Wagashi são doces tradicionais japoneses que evoluiu para uma forma de arte na capital imperial antiga, Kyoto. Wagashi representam a essência da cultura japonesa. Principalmente feitos de ingredientes naturais, muitas vezes são servidos com chá, especialmente os tipos feitos de mochi, pasta de feijão (azuki) e frutas.

No Japão antigo, as pessoas comiam frutas e nozes como produtos de confeitaria e doces, para complementar a nutrição, além de grãos, como arroz, trigo e painço. Um dos maiores fascínios do wagashi é o seu potencial para apelar para muito mais do que apenas o sentido do gosto. Wagashi é um convite a entrar em todos os cinco sentidos e experimentar o gosto do Japão.

Aparência: Formas, cores e designs do wagashi, inspirado como o são pela literatura japonesa, pinturas e tecidos, e muitas vezes representando imagens evocativas da natureza, são uma festa para os olhos.

Sabor: Este é, naturalmente, um sentido primário através do qual experimentamos wagashi. São feitos em grande parte a partir de grãos diversos que são alimentos tradicionais da dieta saudável japonesa.

Textura: A maciez, umidade, ou frescor que se sente quando se toma um pedaço de wagashi na mão, quando cortá-lo para servir a um amigo, ou ao colocá-lo na boca, que revelam o frescor, a qualidade e a singularidade dos ingredientes.

Aroma: Fragrâncias do wagashi são delicadas. Seus ingredientes têm o mais sutil dos aromas que aumentam o prazer dos doces sem sobrecarregar o sabor e aroma da bebida com a qual eles são servidos.

Som: Muitos nomes são derivados de prosa ou poesia clássica, enquanto outros podem sugerir uma temporada. Evocam uma variedade de sons e imagens na nossa mente.

Daifuku de morango, mikan e damasco com queijo.


O mundo extenso de wagashi, doces tradicionais japoneses não se limita a abranger um único grupo de confecções, a arte de confeitaria japonesa deve sua diversidade em grande parte a seus ingredientes e métodos de preparação.

Wagashi são classificados de acordo com o método de produção e teor de umidade. Conteúdo de umidade é muito importante, pois afeta o prazo para consumo.

Namagashi (Produtos de confeitaria úmida) contém 30% ou mais de umidade.
Han namagashi (Semi-úmido confeitaria) contém umidade de 10% -30%.
Higashi (Produtos de confeitaria seca) contém 10% ou menos umidade.

Dorayaki de anko e Taiyaki de maçã com mel.

Globo Repórter:  
Doces japoneses engordam menos

“A doutora em ciências médicas Yumi Matsushita diz que é mais fácil aprender a comer alimentos com gostos sutis quando somos crianças. Para ela, a mudança nos hábitos japoneses significa o abandono de uma comida extremamente saudável. "Se as pessoas comem alimentos doces e gordurosos quando são jovens, esse hábito continua na idade adulta. O cérebro se acostuma com eles e isso define a nossa relação com a comida", explica.”


Fonte: Aoki, Naomi (October 2000). 図説 和菓子の今昔 Zusetsu wagashi no konjyaku. 株式会社淡交社 Tankosha Publishing Co.,Ltd., Chamberlain, B.H. (1882–1919) The Kojiki - translated by Basil Hall Chamberlain Public Domain, Gordenker, Alice, "So What the Heck is That?: Wagashi", Japan Times, 20 January 2011 e Globo Repórter.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Atemóia - アテモヤ


A Atemóia é considerada uma fruta exótica e nasceu do cruzamento de duas espécies: a Pinha (sem alguns de seus inconvenientes: pouca resistência a pragas, baixa durabilidade e muitas sementes), também conhecida como Fruta do Conde, e a Cherimoia.

A fruta se destaca pelo sabor. A polpa branca é mais firme que a da Pinha, bem mais doce e tem menos caroço. É comum se fazer confusão com frutas da família das Anonaceas, pois, são 250 espécies e 33 generos, dentre elas alguns híbridos, como a Atemóia (Annona cherimola, Mill). No inicio do século XX, norte americanos empenhavam-se em desenvolver uma fruta com desempenho comercial superior ao da Fruta-do-Conde e com sabor da Cherimóia (da me
sma família), então nasceu, o cruzamento artificial, um novo híbrido da família das anonáceas. O primeiro plantio no Brasil foi feito em 1950 pelo IAC - Instituto Agronômico de Campinas, em São Paulo. Pertencente à família das anonáceas, a atemóia possui aspecto rústico devido à casca rugosa e pontiaguda, semelhante à da graviola. Quando madura, alcança até dois quilos, com grande variação entre os exemplares.

São três variedades que estão bem aclimatadas no Brasil: 


• Pink Mammoth, que tem uma fruta grande e perfumada, doce e com poucas sementes.
• Thompson, bem parecida, com um brix superior.

• Gefner


No Japão: Atemoya Icecream - de sorvete só o nome.
"Não pode comer", para plantar em casa.


O plantio ou a propagação por sementes não é recomendada, porque surgir grandes variações na planta, inclusive não aparecerem frutos em seus galhos após floração, visto que é uma híbrida. O apelo pelo consumo de frutas exóticas, vem popularizando essa saborosa fruta, que por mais de meio século, era desprezada por produtores, ou simplesmente não era conhecida em alguns regiões.

A colheita costuma ocorrer entre abril e outubro, mas, com a utilização de técnicas e manejos culturais como poda e adubação, é possível produzir a atemóia durante todo o ano. No mercado, o quilo da fruta custa entre R$ 5 e R$ 10, dependendo da época e da oferta.


A polpa branca, com sementes pretas, é suculenta e de alto valor nutritivo. O comum é o consumo in natura, mas da fruta podem ser feitos sucos, pudins, sorvetes e outras receitas culinárias. Escolha as de casca lisa, sem manchas escuras e de consistência mais firme. Quando verde, a atemóia deve ser deixada em temperatura ambiente para que possa amadurecer. Quando madura, ela se caracteriza pela cor verde-amarelada e pequenas manchas escuras, e deve ser consumida imediatamente ou armazenada em geladeira por no máximo 2 dias.

A composição nutricional da atemóia em 100g:


 
• 367,55 calorias,
• 84,85g de carboidratos,
 
• 91,25mg de vitamina C,  
• 4,9g de proteínas,  
• 1,8g de fibra e  
• 0,008mg de B-caroteno.
 

Ela é composta pelos seguintes minerais: fósforo, potássio, cálcio, magnésio, cobre, ferro, manganês e zinco.

Fonte: Sociedade Brasileira de Química (SBQ), MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO e Embrapa.

Festival da Lagosta

O Keiretsu Sushi Bar A La Carte realiza o 1º Festival da Lagosta em Uberlândia. Acesse e concorra a 01 convite.
Dia 13/09/2011 - Somente com Reservas - Quantidade Limitada: 60 Lugares.
Valor Casal: R$ 150,00
Valor Individual: R$ 80,00
Cardápio:
  • Entradas - Combinados de sushis, sashimis e lagostins
  • Prato Principal - Três opções de Lagosta:
    • Lagosta Grelhada
    • Lagosta Gratinada
    • Lagosta no Vapor
Local: Keiretsu Sushi Bar A La Carte
Endereço: Rua Tiradentes, 216 - Bairro Fundinho - Uberlândia - MG
Fones: (34) 3224-5470 / (34) 3234-2805
www.keiretsusushibar.com.br
contato@keiretsusushibar.com.br

domingo, 28 de agosto de 2011

Shichi Fukujin: Sete deuses da sorte


七福神

Shichi Fukujin são sete deuses de boa sorte (fortuna e felicidade) pertencem à religião japonesa, incluindo seis homens e uma mulher. Eles vêm de diferentes denominações religiosas, como o xintoísmo, budismo, taoísmo e bramanismo e assim por diante.

Para entender melhor...

Xintoísmo é o nome dado à espiritualidade tradicional do Japão e dos japoneses, considerado também uma religião pelos estudiosos ocidentais. A palavra Shinto (“Caminho dos Deuses”), através da combinação de dois kanjis: “shin“ (em japonês: 神), que significa “deuses” ou “espíritos” e “tō“ (em japonês: 道), ou “do”, que significa “estudo” ou “caminho filosófico”.
Ao contrário de muitas das práticas religiosas monoteístas, o xintoísmo e o budismo tipicamente não exigem daqueles que os professam que sejam crentes ou praticantes, o que torna difícil contabilizar cifras exatas com base na auto-identificação com alguma crença, entre os habitantes do país. Devido à natureza sincrética das duas religiões, a maior parte dos eventos relacionadas à “vida” ficam a cargo dos rituais xintoístas, enquanto os eventos relacionados à “morte” ou à “vida após a morte” ficam a cargo dos rituais budistas (embora isto não seja uma regra); assim, é costumeiro, por exemplo, no Japão, registrar uma criança ou celebrar seu nascimento num santuário xintoísta, enquanto os preparativos para um funeral costumam ser ditados pela tradição budista.

Porque os Sete De uses da Sorte aparecem em cima de um barco dos tesouros?

Por ser uma ilha, o Japão atribuiu grande importância ao papel do navio no comércio. Na esperança de fazer crescer os negócios, eles incorporaram os deuses ao Takarabune (barco dos tesouros). Dizem que sonhar com o Takarabune no primeiro dia do ano, traz boa sorte. Por isso não é raro japoneses colocando foto dos deuses debaixo do travesseiro na noite da virada.



DAIKOKUTEN

A origem deste Deus está na religião Hindu, da Índia. É o mais alegre dos deuses. Sendo representado como um homem gordo que traz prosperidade, riqueza, fartura e da produção; sendo patrono dos fazendeiros. É muito popular entre os agricultores japoneses, pois protege as colheitas. Aparece em pé, sobre sacos de arroz, sorrindo, e traz na mão um martelo de madeira (a cada batida faz surgir moedas de ouro) e uma sacola grande contendo tudo o que é um símbolo de riqueza para que os bens sejam inesgotáveis. Simbolicamente a martelada representa trabalho. A imagem de Daikoku tanto em forma de estatueta ou pintura, garante progresso profissional e enriquecimento ligado ao trabalho.


EBISU

É o deus da sinceridade, integridade. Representa honestidade e trabalho. Ele é o protetor dos pescadores, navegantes e comerciantes. Geralmente é representado na figura do pescador, pois sempre está com a cumbuca e uma vara de pescar. Porque não usa uma rede para pescar de uma só vez? Porque com a vara se faz uma cosntante e com premeditação. Dizem que Ebisu não dá o peixe, mas ensina pescar. Ter sua figura em casa ou no estabelecimento comercial garante prosperidade e sucesso nos negócios.


BENZAITEN

Benzaitein Seria uma das duas mulheres do grupo, posto que quase nunca colocam kua in, que é a deusa da cura e da compaixão. É a deusa da água e dos rios. Pela sensação agradável do som da corredeira do rio, passa a ser também considerada Deusa da música. Traz um instrumento musical semelhante ao biwa, instrumento de cordas japonês. Era Deusa da eloquência e da arte, porém, com o tempo passou a ser dos bens (riqueza material). Conforme o templo, sua imagem é retratada de forma diferente, desde uma linda menina até uma Deusa com uma beleza sensual.


BISHAMONTEN

Por ser um dos quatro guardiões do budismo, usa trajes de guerra e segura uma lança em sua mão e um pagode na outra. A esse deus japonês muitas funções são atribuídas, mas na maior parte apresenta-se como um deus da guerra, distribuidor da riqueza. O tesouro nesse caso são os ensinamentos de Buda. Ele é o promotor dos missionários das palavras de Buda e nesse sentido tem atribuição de guerreiro. Protege contra os demônios e contra as doenças. É o guardião do ponto cardeal Norte. Não deve ser confundido com o deus da guerra (Hachiman). Ter a figura desse deus em casa, afugenta ladrões e preserva os bens das família.


JUROOJIN


É o deus da boa sorte e longevidade. Traz consigo um cajado com um pergaminho amarrado a ele, no qual está escrito o tempo de vida de todos os seres vivos ou, em outras contas, um registro de todas as boas e más ações cometidas por todos os seres, ou o livro do conhecimento. Diz a lenda que esse deus foi um sábio chinês. Na maior parte é acompanhado com um veado, um símbolo do longevidade (lendas antigas dizem que um cervo fica preto depois de 2000 anos), às vezes por uma tartaruga ou tsuru. Juroojin é freqüentemente confundido com Fukurokuju . Os dois dizem habitar o mesmo corpo, daí a confusão.


HOTEI OSHOO

É o senhor da magnanimidade, da generosidade humana. Vive rindo, sempre de bom humor, e por isso mesmo, traz saúde e felicidade, pois está sempre satisfeito com o que tem. Dizem que Hotei tem recurso interior para todos que queiram atingir a serenidade completa e sabedoria búdica. Geralmente é representado com uma enorme barriga e roupa caindo pelos ombros. Seu abdômen avantajado não simboliza a gula, pelo contrário, é símbolo da satisfação.
Hotei, conhecido como o "Buda gordo", é na verdade a representação de um monge chinês frequentemente encontrado em templos, restaurantes e amuletos. No folclore da China, ele acabou sendo associado a Maitreya. Para os japoneses, o "hara" (ventre) representa o coração e personalidade, portanto seu vasto "hara", representa grandiosidade de espírito.
No Ocidente ele é muitas vezes erroneamente visto como uma representação do Buda Siddhartha Gautama.


FUKUROKUJU


O deus da longevidade , riqueza e da felicidade. Ele é tipicamente mostrado com as vestes habituais de um estudioso chinês, com uma longa barba branca, trazendo na mão um cetro sagrado ou um bastão onde esta pendurado um pergaminho contendo as escritas da sabedoria mundial. Ele também pode ter uma tartaruga ou tsuru perto dele (ambos são criaturas ícones da longevidade na China e Japão). Retratado como sendo careca, com bigodes longos. Em muitas representações, Fukurokuju tem uma testa anormalmente alta. O pergaminho sagrado contém a vida de cada pessoa na terra ou uma escritura mágica. Ele é o único membro dos Sete Deuses da Sorte creditado com a capacidade de ressuscitar os mortos.

Fonte: Butsuzō-zu-i 仏像図彙, Buddhism (Flammarion Iconographic Guides), Tobifudo Deity Dictionary Ryūkozan Shōbō-in Temple 龍光山正寶院 (Tokyo) e The Seven Lucky Gods of Japan, by Chiba Reiko. Charles E. Tuttle Co., 1966.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

UMAMI: O quinto gosto

うま味

O quinto elemento: o gosto do cérebro
     Essa história de existirem apenas quatro gostos básicos sempre foi contra a intuição de que sentimos mais sabores do que isso. De fato, os japoneses bem que sabiam, há quase cem anos, que existe um quinto gosto, além dos tradicionais doce, salgado, azedo e amargo. Um gosto tão especial que o nome em japonês, de difícil tradução, acabou vingando também nas outras línguas: o UMAMI.
     Como explicar o que não podemos tocar, ver e só alguns conseguem perceber? O sentido Umami, ou o Quinto Gosto, é isso. Chamado também de realçador de alimentos, o Umami apareceu pela primeira vez em 1908, quando o pesquisador japonês Kikunae Ikeda percebeu esse gosto acentuado enquanto preparava um caldo de algas, que em japonês é chamado de kombu dashi.
     Traduzindo do nome japonês, umami é um gosto agradável transmitido pelo glutamato, um tipo de aminoácido, e ribonucleotídeos, incluindo inosinato e guanilato, que ocorrem naturalmente em muitos alimentos, incluindo carne, peixe, legumes e produtos lácteos. Como o gosto de umami em si é sutil e combina bem com outros gostos para ampliar e completar os sabores, a maioria das pessoas não reconhecem umami quando se deparam com ele, mas desempenha um papel importante fazer saborear a deliciosa comida.

     Quando os humanos comem, usam todos os seus sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar) para formar juízos gerais sobre o seu alimento, mas é o gosto que é  mais influente na determinação de como um alimento é delicioso. Convencionalmente, temos  o pensamento que o nosso sentido do paladar é composto de quatro gostos básicos, ou "primários", que não pode ser replicado pela mistura de qualquer uma das outras primárias: doce, sal, ácido e amargo. No entanto, sabe-se agora que o que  é realmente o quinto gosto primário: o umami.

Nível de Glutamato no tomate

     Apesar de descoberto em 1908, pelo professor e pesquisador, Kikunae Ikeda, da Universidade Imperial de Tóquio, o gosto só foi reconhecido pela comunidade científica em 2000. Pesquisadores da Universidade de Miami publicaram na revista Nature Neuroscience um estudo que comprovava a presença de receptores específicos presentes na língua, identificados como mGluRa, que conseguiam reconhecer o gosto umami.

     Basicamente três substâncias são responsáveis por proporcionar o quinto gosto básico, o ácido glutâmico, o inosinato e o guanilato, que podem ser encontradas naturalmente em determinados alimentos, sobretudo os ricos em proteína. Queijos fortes, carnes, sardinhas, leite, tomates e cogumelos são apenas alguns exemplos de alimentos que apresentam alto teor destas "substâncias umami". Além dos humanos, outros mamíferos, como cães e ratos, também são capazes de perceber o quinto gosto.

Primeiro encontro com o sabor

     O leite materno é, talvez, o primeiro encontro com sabor para nós. Dos 20 aminoácidos livres presentes no leite materno, o glutamato é o que se apresenta em maior quantidade, representando mais de 50% do total de aminoácidos livres. Sua presença pode interferir na aceitabilidade do gosto pelos recém-nascidos. A quantidade de glutamato no leite humano é praticamente 10 vezes superior àquela no leite de vaca.

     As quatro fotos a seguir ilustram as reações dos bebês após terem provado os gostos umami, doce, azedo e amargo. É nítida a expressão de satisfação após provarem um alimento doce, enquanto esboçam desagrado após consumirem os azedos e os amargos. Após provarem o umami na sopa de vegetais com adição de glutamato monossódico, eles apresentaram uma expressão tranqüila, semelhante àquela esboçada após o consumo de algo doce. Concluiu-se que os bebês também são capazes de reconhecer gostos diferentes, incluindo o umami. O gosto e o aroma do leite materno são influenciados pelo gosto e aroma do alimento consumido pela mãe. Durante o período de amamentação o bebê pode provar uma infinidade de gostos.


Fontes naturais de Umami

Carnes e aves (mg/100g)
Carne bovina
Porco                                    
107
122
Frango 76
Frutos do mar
Kombu                                 3190
Katsuobushi                         36
Vieiras  159
Atum  188
Caranguejo azul  43
Lula                                       146
Ostras  137
Carnes e aves,Frutos do mar
Mexilhão105
Cavala215
Lula                                       146
Camarão  43
Vegetais
Shitake                    150
Enoki cogumelo                    21
Tomates                    246
Aspargos verdes                    49
Milho                    106
Ervilhas verdes                    106
Cebolas                    51
Batatas                    102
Acelga                    100
Vegetais
Outros
Queijo emental               308
Queijo parmesão       1200
Queijo cheddar       182
Chá verde                       668
Shoyu               780
Ovo               60






Queijo,Leite
Fonte: Umami Information Center, Sociedade Brasileira de Neurociência, Lilian Satomi (Sadia) e Ajinomoto

sábado, 6 de agosto de 2011

Jantar japonês


Participar de um autêntico jantar japonês, é principalmente ter modos e observar a etiqueta e costumes à mesa japonesa. Sendo uma cultura com algumas diferenças das ocidentais, o que pode parecer natural no ocidente, se torna uma gafe indelicada e imperdoável. A pontualidade no Japão não é meramente uma questão de etiqueta. Atrasar para algum compromisso é caso de desrespeito e transtorno para aquele que o espera. Por isso, respeitar o “Jikangenshu” é uma questão de educação.

Em geral os japoneses se cumprimentam com o aceno de cabeça; em alguns casos com um aperto de mão. Faz parte da cultura japonesa manter um certo distanciamento. Abraços e beijinhos de saudação é algo que você não vê no Japão. Os japoneses tendem a se sentir desconfortáveis com quaisquer formas de contato físico, apesar de terem adotado em parte o costume ocidental de aperto de mãos.


Normalmente as pessoas cumprimentam-se apenas curvando-se - Ojigi. Não retornar uma curva para quem lhe fêz uma reverência, denota falta de educação. E curvar-se no Japão tem muitas funções em um só gesto: expressa sentimento de respeito, gratidão, desculpas, saudação, para dizer olá, adeus, bom dia, boa noite e muito mais.

Parece simples, porém depende do status social ou a idade da pessoa que curvar-se. Se a pessoa é de um status mais elevado que você, é comum uma curva mais prolongada, de 45 graus olhando para os próprios pés, que demonstra respeito, gratidão, pedido formal de desculpas ou para pedir um favor. Uma curva menor de 15 graus é uma saudação causual ou um aceno de cabeça. Para cumprimentar clientes usa-se uma inclinação um pouco mais acentuada de 30 graus. Os homens mantém as mãos rentes ao lado das pernas; as mulheres colocam as mãos sobre as pernas.


A culinária japonesa é uma arte muito delicada. Formas e cores compõem os pratos servidos em travessas laqueadas, cerâmica trabalhada, bambu trançado ou madeira decorada. Em qualquer refeição os ingredientes são perfeitamente combinados e apresentados com magnifico visual. Os japoneses primam pela harmonia de todos os seus elementos, e cultuam muito a natureza nos mínimos detalhes.

Todos os pratos são servidos e apresentados com extrema sensibilidade e assim também é na etiqueta social japonesa. Foram os samurais que estabeleceram a ética de conduta por volta do século 16. Com o passar do tempo estas regras se popularizaram e um dos exemplos clássicos está na maneira de servir as pessoas: a mão direita significa que se trata de um aliado e a esquerda um inimigo. Portanto, jamais entregue algo a um japonês com a mão esquerda.

A etiqueta à mesa mais importante no Japão está em dizer frases tradicionais: "Itadaki masu" antes de uma refeição e "Gochisou-sama" após uma refeição, que significam graças pelo alimento. É uma atitude simpática e delicada quando se participa de uma refeição junto com os japoneses.

Sendo um arquipélago, é do mar que o Japão retira os principais alimentos que compõem a sua cozinha. Os peixes, as algas e frutos do mar estão presentes em praticamente todos os pratos da culinária japonesa. As terras são montanhosas e são poucos os locais onde é possível desenvolver a agricultura. O arroz é uma cultura de alta produção em áreas pequenas.


Muitas pessoas se sentem embaraçadas sobre os modos à mesa japonesa e não tem certeza de como comer comida japonesa corretamente. Para levar o alimento à boca usa-se os hashis - pauzinhos. Os hashis começaram a ser usados no ano de 2.500 anos antes de Cristo. Conta-se que os primeiros foram utilizados como suporte para grelhar carnes sobre a brasa, e para não queimar as mãos ao servir a carne, eram usadas as tiras de bambu.

Lenda ou fato, o hábito sobrevive até os dias de hoje e se mostra uma das formas mais interessantes de manipulação dos alimentos. Os hashis são mais higiênicos do que os garfos e colheres e podem ser produzidos com diversos materiais, desde bambu, prata e marfim. Também por serem feitos de materiais naturais não transmitem a energia do metal à comida.

A culinária oriental é de certa forma desenvolvida para ser consumida por hashis; os alimentos são cortados em tamanhos que podem ser facilmente segurados, dispensando o uso da faca e do garfo. Os japoneses usam facas e garfos para consumir alimentos ocidentais, como o espaguete e o bife.

Colheres são usadas para determinados alimentos como o cozido, curry, arroz e sobremesas. No entanto, os hashis são os utensílios mais utilizados no Japão. Existem algumas regras de etiqueta para usar os Hashis. Uma delas é nunca balançar os palitos no ar. Outra é nunca usar o hashi para passar alimentos para os outros, e a razão desta etiqueta, é que os ossos do corpo cremado são passados dessa forma de pessoa para pessoa em funerais japoneses. Por último, o hashi jamais devem perfurar os alimentos.


Também é importante não espetar os hashis sobre os alimentos, sobretudo em uma tigela de arroz, porque é costume no Japão, quando há um falecimento, espetar o hashi em um pote de arroz e conduzí-lo do velório ao cemitério. É educado e correto levantar e aproximar da boca as pequenas tigelas de arroz ou sopa enquando você come, isso para evitar que o alimento caia.

Ao tomar sopa, pode-se usar a colher ou apenas sorvê-la diretamente na tigelinha. Porém é educado comer arroz, sopa e outros pratos alternadamente. Para alimentos sólidos usa-se os hashis. Faz parte da etiqueta produzir barulhinhos ao comer macarrão ou tomar sopas. É um costume japonês e as pessoas dizem que o gosto é melhor quando se faz barulho ao tomar o Soba, Udon e Somen. Uma pessoa que come uma sopa ou macarrão sem produzir um som pode parecer estranho no Japão; porém arrotar é considerado uma extrema falta de educação.

Os grandes pedaços de comida, podem ser separados em pequenos pedaços usando os hashis ou morder uma parte e retornar a outra parte ao prato. Os hashis também servem para apanhar o alimento na travessa maior e levar até seu prato. No entanto, apanha-se com a parte contraria daquela que é levada à boca.

O sushi é a combinação do arroz com os pescados crus, e apesar de parecer uma combinação estranha e exótica é, na verdade, uma combinação logicamente adaptada aos produtos regionais. Antigamente os peixes para serem transportados para outros lugares eram conservados no arroz cozido. Os japoneses sabiam que o arroz liberava o ácido acético e láctico que garantiria a qualidade por mais tempo.

A técnica também era usada pelos pescadores que ficavam pescando em alto mar, criando-se assim o sushi prensado. No século 18 um cozinheiro chamado Yohei decidiu parar de utilizar o peixe fermentado e passou a oferecer algo parecido com o que conhecemos por sushi. A preparação se tornou muito popular em Osaka que na época era a capital comercial do Japão. Era justamente nesta cidade que se reuniam os comerciantes de arroz.

Em meados do século 19 começou-se a utilizar o vinagre, o wassabi e o gengibre, pois eles tinham fortes poderes antibacterianos e havia uma grande preocupação quanto a manipulação e o consumo dos peixes crus. Surgiram assim, os primeiros quiosques que faziam sushi no formato que conhecemos hoje. Diziam que as mulheres não deveriam preparar os sushis, pois acreditava-se que a sua temperatura corporal variável influenciava na qualidade final do sushi que é servido cru.


Os Shushis são servidos em pratos lisos para contrastar com as cores e formas dos sushis,com fatias de gengibre agridoce que ajudam a neutralizar o paladar do peixe. Para dar mais sabor aos sushis e compor o visual, usa-se o gergelim. Acompanha o molho de soja - Shoyu e o Wasabi, um tempero em pasta feito da planta Wasabia japonica também conhecida como rabanete japonês, que tem semelhança com a raiz forte.

A forma correta de consumir o sushi é colocá-lo inteiramente na boca, pois o makizushi desmorona facilmente quando você morde. O nigirizushi é o bolinho de arroz temperado. Nigiri quer dizer moldado a mão, coberto com uma lâmina de peixe ou fruto do mar por cima. Molha-se a parte do peixe no molho Shoyu e leva-se à boca, comendo-o inteiro.

O Sashimi é o peixe cru que deve ser consumido com wasabi - raiz forte japonesa - e shoyu - molho shoyu. O nabo, o pepino e o gengibre cortados em tiras bem fininhas, além de decorativos, auxiliam na digestão da carne crua e podem ser comidos juntos com o sashimi.


Sake é uma bebida importante na cultura japonesa, que é levado a esquentar em água fervente e vem servido num recipiente cerâmico chamado Tokkuri. Existe um ritual especial à mesa para tomar o Sake. Deve-se levantar o Ochoko - copinho - para receber a bebida que será servida sempre por seu vizinho de mesa. Segura-se o copinho com a mão direita, apoiando- na mão esquerda. É imprescindível que sirva o seu vizinho de mesa e nunca deve servir a si próprio.


Os japoneses são generosos e hospitaleiros. Faz parte presentear os convidados com pequenas lembrancinhas ao final do jantar. É uma simples recordação, sem valor monetário, mas de grande apreço. É uma forma de agradecer por sua presença. No Japão, o ato de presentear envolve um rigoroso ritual. Costuma-se dizer que dar um presente é como abraçar o coração de alguém. Por isso, o conteúdo vem sempre embrulhado com fina decoração e deve ser bem respeitada, pois faz parte do presente.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Premiação do Keiretsu Sushi Bar

Aconteceu ontem na sede da Algar Mídia, um café da manhã promovido pelo Jornal CORREIO de Uberlândia para os jurados do Concurso Gourmet, publicado na Revista Viver Bem, que circulou na sexta-feira (29) no jornal. No encontro também foi entregue um certificado aos vencedores do concurso.

Alexandre Rangel e Bruno Rocha Pereira, do Keiretsu recebem o troféu de Jurema Martinez

Fonte: Correio de Uberlândia

About

Esse paulistano criativo e ousado, trouxe do Japão uma profunda experiência da cultura que ajudou a enriquecer seus conhecimentos sobre a culinária japonesa.